Por um triz...

As vezes você quase morre e segura o coração na mão e nenhuma cor no rosto. As vezes você quase chora e fica com um bolinho de sentimentos em algum lugar entre a garganta e o estômago. As vezes você quase mata alguêm, e quando isso acontece , você quase se arrepende. As vezes você quase vai. As vezes você quase fica. Tem dias que você quase sempre sorri, não sei se isso é bom, se quer dizer que somos seres humanos felizes, ou se somos seres humanos falsos e automáticos. Mais quanto a isso eu penso depois. Tem dias que pra compensar, você fica quase sempre triste, mais disfarça isso bem. As vezes você quase realiza os seus sonhos, mais as coisas quase nunca acontecem no espaço e tempo desejado. Então você quase desiste. Quase desiste. Quase. Por um triz. E no espaço de tempo entre o sim e o não; o quase e o ocorrido; o tudo e o nada; existe alguma coisa e alguma sensação, e a coisa é a sensação ou a sensação a coisa, ou elas se completam. E existe a opção. E na opção mora o momento da decisão e na decisão a previsão de um futuro que quase sempre se espera. Na previsão o julgamento do aceitável.