quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Cacos de vidro.


Naquela noite em que você ficou a minha espera, tinha certeza que chegaria a tempo, mais o tempo foi pouco para as explicações e justificativas... e mais uma vez eu te fiz ou te deixei partir - não sei bem - com uma certa mágoa e um pouco de raiva.
As vezes choro durante toda a noite por que sinto que este não é o mais o meu lugar...talvez se você partisse ou ficasse ou me deixasse partir ou ficar...triste sina essa, sinto-me acorrentada a seu calcanhar.
Talvez a confiança que tínhamos um no outro, tenha sido abalada, e como um espelho quebrado em mil cacos não pude consertar.
Talvez quando você voltar, eu use algumas de minhas muitas desculpas, que eu tenho guardadas numa caixinha, sempre as uso pra te convencer e me justificar.
Mais acredito que você nem volte mais está noite, a noite deve tê-lo levado pra outro lugar, longe de onde estou, e mais próximo de onde meu coração queria estar, mas ainda assim espero, coisa que aprendi é que sempre andamos em círculos, e por mais que nós dois não queiramos, este é o seu lugar agora, então por mais que demore, sei que você vai voltar...

Meus cacos de vidro!

Não posso pedir para que me espere, a vida nos traça caminhos diferentes e não lhe peço nada que não possa me dar.

Mais ainda que o tempo passe, e talvez traga novos amores, mesmo que a vida lhe faça esquecer o meu perfume, e que o tempo lhe coloque outro alguém no coração...

Ainda assim tente se lembrar de mim, se é que isso o tempo permite, lembra dos meus motivos pra não estar com você neste momento, e se é possível perdoa-os.

Ainda que tudo pareça perdido, guarda sempre o caminho que te traz de volta pra mim...

domingo, 5 de outubro de 2008

Não ensina-me a morrer porque eu não quero!


Não quero ver o mundo como você o vê... quero olhar com os meus olhos e minhas perspectivas, não quero ter o mundo como você o tem, nem quero tomar os caminhos que você tomou, ter as decepções que você teve... nem aprender com os seus erros, quero ter o meu caminho e meus acertos, não me mostre sempre a razão nas tuas palavras, nos teus gestos vazios, nas suas decisões erradas... por que isso não me vale de nada.
Não quero ver meus olhos pelos seus, nem quero mãos como as suas, sempre vazias.
Não quero este coração sombrio, desiludido, mesquinho... e sempre sozinho.
De você não quero nada, porque por mais que a intenção seja boa, e pode não acreditar, mais não tens nada para me dar.