segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Vou...



A caminhada é penosa, bem se sabe,vou então arrastando meus pés como se fossem joelhos calejados, vou, pensando em continuar estática, olhando para o que não se vê, mais continuo no gerundío de ir, sem nem espiar o que ficou pra trás.Vou acompanhando a brisa, que bagunça travessa meus cabelos já revoltos, vou por que me puxam pela mão, e eu quase posso sentir a pressão dos dedos nos meus dedos, vou entre lágrimas e um sentimento tão estúpido que não me é possivel expremir. Vou por que no fim desta curva intraspônivel, preciso acreditar que vc estará lá, que serão os teus dedos a me firmar na escuridão, e a tirar deste meu eu tão fatigado toda a imundice que juntei pelo caminho. Então, iremos os dois num gerundío novo, sem tantos pedregulhos a ferir-me os pés, iremos entre um sorrir e outro, descobrir enfim, o que se esconde além da curva.









Ps- Para o meu dono e senhorzinho...rsrs...não quero outras mãos a me guiar