Não culpo a vida pelos meus fracassos, culpo a mim mesma. Sempre querendo mais, mesmo sabendo que terei tão pouco e muitas vezes nem este pouco me resta.
Mais não deixo de caminhar, senão por vales... em cemitérios, lá também se nasce flores, há o silêncio e a voz dos mortos, pra quem sabe escutar. Mais o que importa é que ainda não houve um dia em que sucumbi a dor e não me permiti acordar. Mesmo quando durante a noite tinha imaginado a morte como uma solução doce. Sorte de quem a tem.
Um amigo ...vampiro solitário.... escreveu uma vez que "Viver a vida é esperar pela morte e atravessa-la." E só agora me dei conta de onde vou chegar, não só eu, mais todos. Não é isso que todo mundo quer, chegar a algum lugar? Este com certeza é rumo certo.
Eu, em particular sempre quis muitas coisas da vida, chegar a muitos lugares, mais em algum desses caminhos -já não me lembro bem....- alguma coisa deu errado, e tudo o que me movia e movia a minha vida, perdeu o sentido... E mesmo tendo abrido mão de quase tudo, ainda assim a vida me nega o que espero, por ainda ser muito.
Pena de quem esperou da vida felicidade milagrosa, regada somente pelo esforço. Essa felicidade tão sonhada e merecida, não chega nunca em toda vida, e com o tempo torna-se somente um amargo sonho.