quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

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Por entre a porta entreaberta, ouvia-se as vozes que murmuram lá fora. Tanto a dizer e mesmo assim não dizia, enquanto a chuva abafava qualquer refugio externo, trancava qualquer possibilidade de fuga, ali dentro daquele quarto.
Por entre a fresta observava os vultos conturbados, que se moviam a metros dali, como sombras que dançavam no breu. Não entendia como tudo se passava, o que movia aquelas pessoas, o que as guiava sempre no seu caminho tão correto, não entendia por que era tão correto assim...
O que as dava o direito de decidir sua vida, suas paixões, suas vontades...por entre a porta entreaberta, olhava o que passava lá fora, mais por escolha vivia sempre ali dentro, com medo da chuva, de molhar os pés, por entre as frestas observava, mais só observava, por sentir que não podia fazer mais nada... 

4 comentários:

  1. Nesse mundo em que vivemos, à vezes tenho vontade de me trancar e observar tudo por uma fresta também. Ouvir o barulho da chuva batendo na janela, sem precisar me envolver com os vultos conturbados do lado de fora.

    Gostei da proposta do seu espaço. Aparecerei conforme suas atualizações.

    Um abraço.

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    1. Acho que todos ja tivemos dias assim...em que seria melhor não se envolver, pena nem ser isso ser possivel!
      Obrigada pela visita!

      Bju,bju,bju!

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  2. Os vultos, que nos espreita lá de fora,talvez exista para nos lembrar, em determinados dias, das nossas fraquezas e covardias em encarar a vida de frente.Beijo do amigo,leitor e fã.:-BYJOTAN.

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e me disseram...