domingo, 17 de abril de 2011

Insanidade


As vezes a sensação de que estou próximo do fim me atormenta, minha mente já cansada só repete os mesmos problemas e nenhuma solução. E eu que amei as coisas somente por amar, e somente o que me deu algum tipo de prazer ou lucro, me vejo agora sem o que me movia, vendendo os sonhos dos outros por caridade, sentimento que nunca me moveu, pra pagar pequenos pecados.

Tudo está sempre com o mesmo ar cansado, repetido, gasto, minutos intermináveis, horas que correm mesmo sem pés.

A vida não pára mesmo quando preciso acender mais um cigarro e no instante ínfimo entre o clicar do isqueiro e a primeira fumaça, você vai embora e justifica que não quer mais ficar....

Fácil seria se sempre fosse assim, não quero mais viver, e pronto morro!

Não quero sorrir...choro, não quero mais fingir...e digo que não te amo mais! Seria simples, mais não seria viver, por que a vida nunca é simples. Viver é exactamente a parte do complicar.

É ai que tudo parece perto do fim, apatia é o primeiro sinal de insanidade,e me prove o contrario os ditos normais, que levam as suas vidinhas medíocres dentro da mais medíocre e perfeita rotina, eles que me digam, quando é que olham pro lado, quando se surpreendem com o caminho das coisas. Nunca... por não querer correr os riscos... isso aos meus olhos é apático ou insano, como preferirem.... E voltamos apatia... a vida passa e você não se importa, não se olha e nem olha o mundo, porque já conhece bem. Não existe mais o que atraia, e é ai nesse ponto exacto a questão; não é a ponte, prédio ou revolver, que matou vários suicidas é o porquê.

Por que você chora uma noite inteira e ainda assim Deus não te responde?

Por que você reza, pede, implora e nada acontece?

Por que só o amor não é suficiente?

Por que as coisa nunca são como se espera?

Por que sinceridade virou falta de educação!

E ai para os não tão apáticos, mais cansados também, é só mais uma noite, mais um comprimido, mais algumas cervejas....

Por que parafraseando Renato Russo, "no fim ninguém sai vivo daqui."