domingo, 15 de novembro de 2009

Felicidade...

Não culpo a vida pelos meus fracassos, culpo a mim mesma. Sempre querendo mais, mesmo sabendo que terei tão pouco e muitas vezes nem este pouco me resta.
Mais não deixo de caminhar, senão por vales... em cemitérios, lá também se nasce flores, há o silêncio e a voz dos mortos, pra quem sabe escutar. Mais o que importa é que ainda não houve um dia em que sucumbi a dor e não me permiti acordar. Mesmo quando durante a noite tinha imaginado a morte como uma solução doce. Sorte de quem a tem.
Um amigo ...vampiro solitário.... escreveu uma vez que "Viver a vida é esperar pela morte e atravessa-la." E só agora me dei conta de onde vou chegar, não só eu, mais todos. Não é isso que todo mundo quer, chegar a algum lugar? Este com certeza é rumo certo.
Eu, em particular sempre quis muitas coisas da vida, chegar a muitos lugares, mais em algum desses caminhos -já não me lembro bem....- alguma coisa deu errado, e tudo o que me movia e movia a minha vida, perdeu o sentido... E mesmo tendo abrido mão de quase tudo, ainda assim a vida me nega o que espero, por ainda ser muito.
Pena de quem esperou da vida felicidade milagrosa, regada somente pelo esforço. Essa felicidade tão sonhada e merecida, não chega nunca em toda vida, e com o tempo torna-se somente um amargo sonho.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estrelas....

By Jacarée


Essa noite cada estrela parecia uma lágrima, e a dor de cada uma delas, assim como a sua luminosidade me prendeu a janela. É a dor dos velhos amores. Ferida antiga. Essa saudade as vezes retorna , toma os espaços vazios , e deixa os olhos com outro brilho, há pessoas pra quem faz bem entristecer, deixa a alma ali, despida aos olhos, romântica como nos livros.
Só o coração entende e enxerga, aquilo que os olhos não podem ver. Meus olhos enxergam as estrelas, e é ai que eu prefiro parar. Há coisas que só se enxergam com o coração.
Por vezes fico a janela, gosto da noite, das estrelas, do silêncio,...só não sei bem como tudo acontece, quando da luz das estrelas renasce a dor, e o silêncio da noite ensurdece.Tudo toma outra cor... e é ai que eu preciso parar. Sei que se seguir nessa vastidão, talvez não possa mais voltar. E é sempre ai que me perco.